Conferência com Rodrigo Salcedo Campino (AVEC)
O Chile é um dos países latino-americanos que mais avançam na mobilidade sustentável. 🚗⚡ Nesta entrevista exclusiva, conversei com Rodrigo Salcedo Campino, presidente da Associação Chilena de Veículos Elétricos (AVEC), que compartilhou os desafios, conquistas e próximos passos da eletromobilidade em um cenário regional em plena transformação. 👉 Se você quer entender como nossas experiências se conectam e o que podemos aprender com os vizinhos, essa leitura é para você.
O QUE PENSA O ESPECIALISTA
André Fortes Chaves
9/20/202513 min ler


O senhor Rodrigo Salcedo Campino é presidente da Associação Chilena de Veículos Elétricos (AVEC), quem eu tive a grande satisfação de conhecer pessoalmente na expedição internacional LUMOT, em março de 2024, onde fizemos uma imersão no ecossistema chileno e colombiano de mobilidade elétrica. Tivemos a grande honra de contar com um seminário de Rodrigo, o que enriqueceu muito nossa experiência neste país, que e protagonista da descarbonização da mobilidade na América Latina. Confira esta rica entrevista com Salcedo, onde compartilha seu ponto de vista sobre temas muito importantes para a transição energética.
1. Quais são os principais objetivos do governo chileno para a eletrificação da mobilidade nos próximos anos e como a Associação Chilena de Veículos Elétricos contribuiu para sua concretização?
O Chile estabeleceu a meta de se tornar uma referência regional em eletromobilidade e está alcançando isso com metas claras e ambiciosas. A Estratégia Nacional de Eletromobilidade estabelece que:
Até 2035: 100% das vendas de veículos leves e médios, bem como táxis, ônibus e ônibus urbanos, devem ser de emissão zero.
Até 2040: Todas as principais máquinas móveis que operam na mineração e na construção devem ser elétricas.
Até 2045: O transporte rodoviário e os veículos pesados também devem atingir a meta de emissão zero.
Essas metas são complementadas pela transição energética do país, que visa garantir que pelo menos 80% da matriz elétrica seja renovável até 2030, garantindo que os veículos elétricos sejam abastecidos com energia cada vez mais limpa.
Para avançar nesse caminho, o governo promoveu o Acordo de Eletromobilidade, um pacto público-privado que atualmente reúne mais de 150 instituições: ministérios, municípios, universidades, ONGs, fabricantes, distribuidoras e empresas de energia. Ele é renovado a cada ano com compromissos concretos com infraestrutura, treinamento e projetos-piloto.
A Associação Chilena de Veículos Elétricos (AVEC) tem sido fundamental nesse processo. Desde a nossa criação, atuamos em três frentes:
Propostas técnicas e regulatórias: participando de mesas redondas com o Ministério de Energia e Transportes para elaborar padrões de interoperabilidade, padrões de segurança e benefícios fiscais.
Treinamento e capital humano: promovendo cursos, workshops e certificações em conjunto com instituições como a ChileValora, para capacitar técnicos e profissionais que apoiem a transição.
Coordenação internacional: como membros da Global EV Alliance, compartilhando experiências e apoiando a abertura de mercado para novas tecnologias e modelos de negócios.
Graças a parcerias público-privadas, o Chile conta hoje com mais de 3.300 ônibus elétricos em Santiago, mais de 1.400 estações de recarga públicas em todo o país e uma oferta crescente de 140 modelos de veículos elétricos, em comparação com menos de 15 há apenas cinco anos.
Em resumo: o governo estabelece metas e define políticas públicas, mas o cumprimento depende da colaboração. Somente por meio da coordenação de diversas entidades — ministérios, municípios, universidades — e da participação ativa de empresas privadas, fabricantes, operadoras e associações como a AVEC será possível alcançar a ampla adoção da mobilidade elétrica e atingir as metas estabelecidas para 2035, 2040 e 2045.
2. Quais tipos de incentivos fiscais ou regulatórios foram mais eficazes para acelerar a adoção de veículos elétricos no Chile? Há planos de expansão?
No Chile, os três incentivos que tiveram o maior impacto até o momento são:
Registro de veículos: Graças à Lei 21.505, os veículos elétricos foram inicialmente totalmente isentos e, em seguida, reduzidos gradualmente. Hoje, em 2025, eles ainda podem acessar descontos de até 75% na anuidade. Esse benefício tem sido fundamental para usuários particulares, que veem uma redução direta em seus custos operacionais anuais.
Depreciação acelerada: A inclusão de veículos elétricos e PHEVs na tabela de depreciação de um ano (em vez da vida útil normal de três anos) tem sido fundamental para empresas e frotas. Isso permite que recuperem seus investimentos mais rapidamente e torna o TCO (custo total de propriedade) competitivo com os veículos a combustão. Em setores como logística e mineração, esse incentivo fez a diferença.
Padronização e transparência: Desde 2025, o Chile atualizou seu selo de eficiência energética para o ciclo WLTP, um padrão internacional que reflete melhor o consumo real e as emissões evitadas. Isso proporciona maior confiança aos consumidores e empresas na comparação de tecnologias.
Além dos incentivos, também foram introduzidas medidas regulatórias, como a interoperabilidade obrigatória dos carregadores, que visa permitir que qualquer usuário utilize diferentes pontos de recarga, independentemente da operadora, e as primeiras linhas de financiamento verde promovidas pela CORFO e bancos privados.
Em relação aos planos de expansão, o desafio é a descentralização. A eletromobilidade não pode permanecer concentrada em Santiago. O governo e o setor privado estão trabalhando para estender esses benefícios às regiões, promover infraestrutura interoperável e criar modelos de financiamento que permitam que PMEs e municípios tenham acesso a frotas elétricas. A meta é clara: até 2030, espera-se que haja mais de 10.000 pontos de recarga em todo o país, juntamente com um ecossistema de incentivos que garanta que a eletromobilidade chegue tanto às grandes cidades quanto às áreas rurais.
3. Considerando que o Chile é importador de veículos e combustíveis, como a estratégia nacional de eletrificação influencia esta dependência externa?
A realidade do Chile é única: não produzimos veículos e somos totalmente dependentes de combustíveis fósseis importados. Essa situação moldou a estratégia nacional, que se concentra na regulação da demanda e na criação de condições de mercado, em vez do desenvolvimento industrial local.
Portanto, o governo estabeleceu metas claras para 2035 e 2040, exigindo que importadores e concessionárias expandissem sua oferta de modelos elétricos. A mudança foi rápida: em 2019, havia menos de 15 modelos elétricos disponíveis no mercado chileno, enquanto hoje são mais de 140 modelos vendidos, de carros compactos a ônibus e caminhões.
Soma-se a isso a transição energética: mais de 60% da matriz elétrica do Chile é renovável, com uma meta de 80% até 2030. Esse progresso permite que a eletromobilidade não apenas reduza a dependência de combustíveis importados, mas também aproveite a energia limpa gerada localmente – solar no norte, eólica no sul – consolidando maior independência energética.
Além disso, a eletrificação do transporte permite que o país reduza sua vulnerabilidade à volatilidade dos preços internacionais do petróleo e do diesel, fortalecendo a segurança energética e a estabilidade econômica.
No entanto, para que essa transição seja sustentável e acelerada conforme o cronograma, é essencial que o governo continue a promover regulamentações claras e a gerar benefícios concretos. Isso inclui incentivos fiscais estáveis, regulamentações que gerem confiança dos investidores e mecanismos de apoio para ajudar a eletromobilidade a se expandir para além de Santiago e alcançar regiões e setores produtivos como mineração, logística e transporte intermunicipal.
Em última análise, o status do Chile como importador líquido tem sido um catalisador para a transição, mas o sucesso dependerá da manutenção de uma política pública robusta e consistente que combine objetivos de longo prazo com ferramentas concretas de curto e médio prazo.
4. A geografia de Santiago, cercada por cadeias de montanhas, tem favorecido a eletrificação por questões ambientais e de qualidade do ar. Como esse fator tem sido explorado nas políticas públicas?
Santiago responde por quase 40% da frota nacional de veículos e, por ser cercada por cadeias de montanhas, sofre com a poluição atmosférica severa, especialmente no inverno, devido às inversões de temperatura que retêm material particulado e gases poluentes. Por isso, o Plano de Prevenção e Descontaminação Atmosférica (PPDA) identificou o transporte como uma das principais fontes de poluição e priorizou a mobilidade elétrica como medida estrutural para melhorar a qualidade do ar.
Uma das ações mais visíveis foi a incorporação massiva de ônibus elétricos ao sistema Red Movilidad. Isso não apenas reduziu as emissões poluentes, mas também gerou benefícios diretos para os usuários: os ônibus estão mais silenciosos, o que reduziu a poluição sonora em áreas críticas da cidade, e a percepção do transporte público melhorou graças a um serviço mais moderno, confortável e sustentável.
Mas esse desafio não é exclusivo de Santiago. A geografia do Chile, com sua extensão longitudinal e diversidade climática, exige que a eletromobilidade seja concebida em termos de descentralização energética. Para isso, é essencial incorporar novas fontes renováveis — solar, eólica, hidrelétrica e geotérmica — e alavancar sua distribuição regional para dar suporte à infraestrutura de recarga em todo o país.
Um exemplo estratégico é a Rota 5, a espinha dorsal que atravessa o Chile de norte a sul. Não basta simplesmente instalar carregadores rápidos; é necessário desenvolver corredores de recarga abrangentes, como já ocorre na Europa e no Reino Unido: estações com lojas, áreas verdes, serviços e áreas de descanso que tornem a recarga uma experiência positiva para motoristas e passageiros. Dessa forma, tanto a eletromobilidade quanto o desenvolvimento econômico local são promovidos nas regiões.
Em suma, a geografia de Santiago impulsionou a implantação da mobilidade elétrica por necessidade ambiental, mas a geografia do Chile como um todo exige uma abordagem descentralizada e integrada, combinando transporte público elétrico, infraestrutura de recarga na rodovia mais importante do país e forte apoio à energia renovável regional. Só assim podemos garantir que os benefícios não se concentrem na capital, mas cheguem a todo o território.
5. O Chile, juntamente com a Colômbia, lidera a frota de ônibus elétricos na América Latina. Quais fatores explicam essa proeminência?
Hoje, o Chile continua reafirmando sua liderança em ônibus elétricos, com projetos já conquistados e fortes compromissos para o restante de 2025 e parte de 2026. Abaixo estão os dados mais recentes:
Frota incremental: Entre julho de 2025 e março de 2026, 1.800 novos ônibus elétricos serão incorporados ao sistema RED Movilidad da Grande Santiago.
Em junho de 2025, 308 novos ônibus elétricos foram entregues e operarão em municípios como Puente Alto, La Florida, Lo Espejo e Pedro Aguirre Cerda.
Com todas as novas unidades que serão incorporadas até março de 2026, espera-se que Santiago alcance mais de 4.400 ônibus com emissão zero, o que significa que aproximadamente dois em cada três ônibus do sistema serão elétricos. 
Infraestrutura de apoio: 20 novos ônibus elétricos estão previstos para serem construídos na Região Metropolitana até março de 2026, elevando o total para 52. 
Projetos fora de Santiago:
No município de Ovalle, foi lançada uma licitação para a operação de pelo menos 41 ônibus elétricos de alto padrão para sete rotas, que beneficiarão aproximadamente 100.000 pessoas; a previsão é de que entrem em operação no primeiro trimestre de 2026. 
Em regiões como Copiapó, planeja-se se tornar a primeira cidade sul-americana com um sistema totalmente elétrico, graças à incorporação de 121 ônibus e à construção de um terminal de ônibus elétrico de 4,5 MW baseado em energia renovável. 
Principais licitações:
Um processo recentemente adjudicado para a Rede de Mobilidade envolve a renovação de aproximadamente 30% do sistema (mais de 120 rotas), com aproximadamente 1.267 novos ônibus elétricos que beneficiarão 3,5 milhões de pessoas em 32 municípios. 
Com esses projetos agora garantidos, os mesmos fatores que foram fundamentais são reforçados:
1. Escala e segurança institucional
Grandes licitações, como a de 1.800 ônibus entre 2025 e 2026 ou a de 1.267 unidades na renovação de aproximadamente 30% do sistema, proporcionam segurança jurídica e operacional para fabricantes e operadores. Esses números demonstram que o compromisso não é apenas declarativo, mas está sendo materializado com entregas concretas.
2. Crescente Infraestrutura de Apoio
A adição de novos terminais de ônibus elétricos (em comparação com os atuais 52 na Região Metropolitana) e a construção de terminais regionais (como em Copiapó e Ovalle) demonstram que não apenas os ônibus estão sendo adquiridos, mas também que a rede elétrica, os postos de recarga, a operação e a manutenção estão sendo planejadas.
3. Impacto Visível para os Cidadãos
Com essas adições, espera-se uma melhoria na cobertura do serviço, uma redução nas emissões poluentes, menos ruído urbano e uma melhor qualidade do transporte público. Além disso, a substituição de antigos ônibus a diesel por ônibus elétricos modernos reduz a idade média da frota, o que melhora a confiabilidade e a satisfação.
4. Compromisso Político Explícito
O anúncio presidencial, em julho de 2025, lançou o maior plano de renovação da RED Movilidad até o momento, com a adição de 1.800 novos ônibus elétricos. Critérios de equidade territorial (comunidades mais vulneráveis), a participação de mulheres motoristas e outras cláusulas sociais também foram incluídos nas novas concessões.
5. Projetos regionais que ampliam o horizonte
Projetos como os de Ovalle e Copiapó demonstram que a estratégia não está focada apenas em Santiago, mas que já existem fechamentos de licitações e compromissos operacionais nas regiões, ajudando a distribuir os benefícios da eletromobilidade por todo o país.
6. Como o setor privado respondeu à transição energética? Há participação de montadoras, empresas de logística ou startups de mobilidade?
A resposta do setor privado tem sido muito ativa e diversificada, consolidando o Chile como um mercado atrativo para a eletromobilidade na região.
1. Fabricantes e importadores de automóveis
Hoje, mais de 50 marcas oferecem modelos elétricos no Chile, e a oferta já ultrapassa 140 modelos diferentes, de carros urbanos a caminhões pesados. Em 2024, as vendas de veículos elétricos e híbridos plug-in crescerão mais de 60% em relação a 2023, consolidando o país como um dos mercados de crescimento mais rápido da América Latina. Marcas globais estão usando o Chile como um "laboratório" devido ao seu arcabouço regulatório e nível de demanda, testando novas tecnologias e sistemas em rotas competitivas e complexas.
2. Empresas de logística e transporte; Operadores de última milha, como Mercado Livre, DHL, Chilexpress e outros varejistas, incorporaram frotas de vans elétricas com resultados positivos: economia de até 70% nos custos operacionais e melhorias na eficiência das entregas.
Na mineração e construção, empresas estão testando máquinas pesadas elétricas e retrofits a diesel, aproveitando os benefícios e a redução da pegada de carbono.
3. Startups e novas empresas locais: Startups e universidades chilenas surgiram desenvolvendo softwares de gestão de frotas, carregadores inteligentes e até soluções de retrofit para ônibus e máquinas industriais. Muitas delas aderiram a parcerias público-privadas no âmbito do Acordo de Eletromobilidade de 2025, que reuniu mais de 150 instituições e empresas, com compromissos de interoperabilidade, capital humano e expansão regional.
4. Energia e infraestrutura: O setor privado de energia respondeu com investimentos significativos em terminais elétricos e corredores de carga. Até 2026, 20 novos terminais de ônibus elétricos já foram comprometidos a operar em Santiago, permitindo a operação de mais de 4.400 ônibus elétricos. Empresas como CGE, Enel e Copec Voltex estão liderando a instalação de novas fontes de energia e estações de recarga públicas e privadas, tanto em regiões como ao longo da Rota 5, com projetos que integram comércio, áreas de descanso e serviços, semelhantes aos hubs de recarga europeus.
Em suma, o setor privado passou da fase piloto para a fase de implementação, com a participação de fabricantes, operadores logísticos, empresas de energia e startups locais. Esse ecossistema misto, apoiado por regulamentações e incentivos claros, é o que permite que a transição energética no Chile avance em grande velocidade.
7. Quais são as principais barreiras atuais à expansão da infraestrutura de recarga em áreas urbanas e rurais?
O Chile possui atualmente cerca de 1.400 estações de recarga públicas e privadas, mas para atingir as metas da Estratégia Nacional de Eletromobilidade, serão necessários pelo menos 10.000 pontos operacionais até 2030. Essa lacuna reflete diversas barreiras estruturais que precisam ser abordadas com urgência:
1. Procedimentos e burocracia;
A instalação de carregadores em espaços públicos exige múltiplos processos, incluindo a declaração TE-6 perante a Superintendência de Eletricidade e Combustíveis (SEC). Este procedimento é essencial: garante que as instalações atendam aos mais altos padrões de segurança elétrica, qualidade técnica e tecnologia de ponta, protegendo usuários e operadores.
O problema não é a existência do TE-6, mas a falta de processos mais ágeis e consistentes entre municípios e órgãos públicos. Um balcão único digital e prazos claros poderiam acelerar a implementação sem comprometer a segurança.
2. Capacidade da rede elétrica e custos de conexão;
Em áreas urbanas, o problema é o congestionamento da rede de distribuição, especialmente em comunidades densamente povoadas. Em áreas rurais, no entanto, a limitação é a baixa capacidade da rede: muitas vezes, é necessário substituir transformadores ou construir novas linhas, o que eleva os custos de conexão a níveis que dobram ou triplicam o valor do carregador.
3. Segurança e vandalismo;
Em áreas públicas, diversas operadoras relataram danos a equipamentos, roubo de cabos e vandalismo em estações de recarga. Isso não apenas aumenta os custos de manutenção, mas também afeta a confiança do usuário, que espera encontrar equipamentos funcionando.
4. Interoperabilidade e experiência do usuário;
Embora as regulamentações sobre interoperabilidade de carregadores estejam em vigor desde o final de 2023, ainda falta maturidade tecnológica em roaming, métodos de pagamento e plataformas unificadas. Muitos usuários precisam baixar aplicativos diferentes dependendo da operadora, o que prejudica a experiência e dificulta a adoção em massa.
5. Descentralização geográfica; A infraestrutura de recarga permanece altamente concentrada em Santiago e na região central. Em regiões e corredores estratégicos, como a Rota 5, ainda não existe uma rede contínua de estações com serviços abrangentes. O desafio não é apenas instalar carregadores, mas replicar o modelo europeu: centros de recarga com comércio, áreas verdes e áreas de descanso que tornem o carregamento uma experiência conveniente e segura.
6. Financiamento e modelos de negócios: A baixa utilização inicial de alguns pontos de recarga em determinadas regiões levanta preocupações sobre sua rentabilidade. É necessário desenvolver modelos de negócios inovadores, como parcerias público-privadas, subsídios direcionados ou tarifas dinâmicas, para garantir que a expansão vá além das grandes cidades.
Em última análise, a expansão da infraestrutura de recarga no Chile requer uma coordenação mais eficiente entre o estado, os municípios, as concessionárias de energia elétrica e as operadoras privadas, com regras e mecanismos de apoio claros. Só assim será possível atingir os 10.000 postos de recarga projetados para 2030 e garantir que a eletromobilidade chegue a todo o país.

