Conferência com Rafael Pereira (Brasol)

Nesta edição vamos ouvir Rafael Pereira, New Project Manager da Brasol, que compartilha conosco sua percepção sobre tendências do setor energético e sobre os segmentos mais propícios a apresentar crescimento e atrair investimentos.

O QUE PENSA O ESPECIALISTA

André Fortes Chaves

3/8/20242 min ler

Rafael, gostaria de registrar meus agradecimentos por participar desta série de entrevistas com especialistas. Tenho certeza de que terá muito a somar com sua notável trajetória nos setor de energia em seus diversos segmentos. Gostaria de introduzir com uma pergunta um pouco mais geral quanto à sua impressão sobre o contexto brasileiro.
Há cerca de três anos, a secretária do Departamento de Energia dos Estados Unidos estimou que a transição energética global movimentaria por volta de US$ 23 trilhões até 2030. Sabemos que a matriz energética brasileira é expressivamente renovável. Na sua avaliação, este fato representa mais um risco ou uma oportunidade para a atração de investimentos?

Uma oportunidade considerando que a mobilidade ainda é predominantemente fóssil e algumas atividades como a produção de aço e cimento precisarão ser descarbonizadas. O mesmo vale para a indústria de fertilizantes e a indústria química. A produção de energia renovável (eólica e solar) em escala no Brasil representará uma oportunidade para a produção e exportação de derivados de H2 renovável assim como de commodities de baixo carbono.

No seu ponto de vista, levando em consideração a pauta da transição, quais segmentos energéticos tendem a ser robustecidos e obter maiores investimentos?

Mobilidade, siderurgia, produção de cimento, agricultura e mineração. Quanto as fontes, Solar, H2V, eólica, biomassa e biogás, nessa ordem.

Por que a geração de hidrogênio verde desperta tanto interesse de investidores estrangeiros? Em termos logísticos, o que ainda pode ser aprimorado para que estejamos mais prontos para atender a demandas externas?

Essencial para a descarbonização, está na sua infância tecnológica, com grande potencial de ganhar escala, aumentar eficiência produtiva e reduzir os custos. Basicamente uma trajetória similar a eólica e a solar.

Em termos de mercado doméstico, com a geração distribuída, muitas partes estão buscando formas mais eficientes de consumo de energia. A Brasol oferece assessoria na adesão a usinas fotovoltaicas remotas. Você poderia ilustrar quais seriam as vantagens atreladas?

Sim, somos investidores de projetos de energia solar, tanto remota para autoconsumo quanto junto a carga em contratos as a service e longo prazo. Para geração compartilhada a Brasol não atende ao cliente final mas sim pode locar as usinas para empresas que possuem consórcios e cooperativas para a entrega de energia solar por assinatura.

Clientes com alta demanda de energia, ou aqueles que fabricam produtos sensíveis, precisam ficar mais atentos ao que acontece em seus negócios em tempo real. Que soluções a Brasol oferece em termos de gestão inteligente de energia?

Energia renovável, eficiência energética, infraestrutura elétrica (ex.: subestações) e o monitoramento de todos os ativos no mesmo contrato.

Você poderia ilustrar o que seria a solução “energia solar como serviço”? Quais seriam as facilidades oferecidas para o cliente neste item do portifólio da Brasol? Em quais estados brasileiros vocês oferecem esta cobertura? Para qual perfil de cliente ela é mais indicada?

Investimento realizado pela Brasol para a implantação dos sistemas solares, de armazenamento em baterias, mobilidade elétrica e infraestrutura. Colocamos a solução as service em contrato de BTS ou locação e um contrato de O&M. Tentamos sempre estruturar uma solução que gere uma economia para o cliente final no modelo de economia garantida.